sábado, 12 de março de 2011

O gira-gira

Na escolinha, os débeis pintaram o gira-gira de branco e azul pois tudo naquele triste jardim tinha de ser branco e azul. Então, os assentos do gira gira eram assim, um azul, um branco, um azul, um branco. Havia uma menina de maior tamanho, não sei se de minha classe, que fazia bulliyng, chamada Luciana, que era muito feia, coitada, me lembra um personagem de desenho animado, talvez o inspetor da pantera cor de rosa, com o narigão, os olhos semi cerrados e a expressão de "nada" na cara. A "regra" entre os alunos era que menina não podia sentar no azul, senão era chamada de menino e acredito que menino não podia sentar no branco pois seria chamado de menininha. Eu estava tranquila no meu assento branco, e a menina que fazia bullying também. Acho que ela resolver dar uma saídinha para ir ao banheiro e avisou para ninguém pegar o assento dela. Uma menina foi lá e pegou. Quando a feiosa voltou perguntou: quem pegou meu lugar? A ladrinha mau caráter apontou para mim: foi a Málori. A feiosa então veio para cima e chutou, chutou trocentas vezes minhas costas. Eu nunca revidava nada na vida: tinha medo, e além disso, pena das pessoas. Me restou sair do gira-gira e seguir cambaleando e chorando em direção a uma das tias, que no entando, por já estar consolando outra criança chorosa, falou para mim: AH, SAI DAQUI,  já estou com a fulana.  


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